A seleção brasileira de handebol feminino garantiu vaga na segunda fase do Campeonato Mundial ao vencer a República Tcheca por 28 a 22, neste sábado (29), na Porsche-Arena, em Stuttgart, Alemanha.
Vitória garante liderança do Grupo D
O resultado levou o Brasil aos quatro pontos e à liderança isolada do Grupo D. A equipa já havia derrotado Cuba por 41 a 20 na estreia, somando duas vitórias nas duas primeiras jornadas. As tchecas, que perderam para a Suécia na abertura, permanecem sem pontuar.
O próximo compromisso brasileiro será justamente contra a Suécia, apontada como uma das favoritas ao título. O encontro está marcado para segunda-feira (1.º de dezembro), às 16h30 (horário de Brasília), novamente em Stuttgart. Um triunfo poderá assegurar ao Brasil a manutenção da vantagem na tabela antes do início da etapa seguinte.
Resumo do jogo em Stuttgart
No primeiro tempo, a seleção comandada por Cristiano Silva enfrentou forte marcação e teve dificuldades nos arremessos de longa distância. A República Tcheca aproveitou melhor as oportunidades a nove metros, com índice de aproveitamento de 62 %, contra menos de 30 % do conjunto brasileiro. Mesmo com cinco golos de Bruna de Paula, as brasileiras foram para o intervalo em desvantagem de 15 a 12.
A reação ocorreu na segunda metade. Os primeiros minutos foram de resistência defensiva das adversárias, mas, após quase cinco minutos, o Brasil encontrou espaços e iniciou a recuperação. Lideradas por Bruna de Paula e Mariane Fernandes, ambas com sete golos cada, as atletas brasileiras marcaram quatro vezes em pouco mais de três minutos, igualando o marcador.
Faltando 12 minutos, o golo de virada (21 a 20) devolveu a liderança à equipa nacional, que não voltou a ficar atrás. A consistência defensiva e a eficiência nos contra-ataques garantiram a vantagem até o apito final. Bruna de Paula foi eleita a melhor jogadora em quadra pelo prémio oficial da partida.
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Formato da competição e próximos passos
O Mundial reúne 32 seleções, distribuídas em oito grupos de quatro. Os três primeiros de cada grupo avançam para a próxima fase, formando quatro novas chaves de seis equipas. Os pontos conquistados frente a adversários que também se classificarem são transportados para a segunda etapa, o que torna cada jogo da fase inicial decisivo.
Nesse contexto, o duelo contra a Suécia, além de definir a posição final no Grupo D, pode influenciar diretamente a pontuação que o Brasil levará adiante. Caso República Tcheca ou Cuba não se classifiquem, os pontos obtidos diante dessas seleções deixarão de contar.
Desde o título mundial conquistado em 2013, a seleção brasileira busca repetir o desempenho que a colocou no topo do handebol internacional. A campanha de 2025 apresenta, até agora, um ataque eficiente — 69 golos marcados em duas partidas — e uma defesa que sofreu 42, média de 21 por jogo.
Com a classificação antecipada assegurada, a equipa brasileira concentra-se agora em ajustar detalhes táticos para o confronto de segunda-feira. A meta é chegar à segunda fase com a maior pontuação possível, posição estratégica para avançar às quartas-de-final e manter viva a possibilidade de um novo título mundial.





