Vitória do Flamengo coloca Brasil ao lado da Argentina com 25 títulos de Libertadores

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O triunfo do Flamengo sobre o Palmeiras, neste sábado (29), no Estádio Monumental de U, em Lima, elevou o total de conquistas brasileiras na Copa Libertadores a 25. Com o novo troféu, o país iguala a Argentina no topo do ranking histórico da competição sul-americana.

Brasil volta à liderança 61 anos depois

O empate entre as duas nações encerra um intervalo de 61 anos sem que o Brasil figurasse na primeira posição. A última vez havia ocorrido em 1963, quando o Santos conquistou a taça pela segunda vez e igualou os três títulos do Uruguai, até então líder. Nos anos seguintes, sucessos argentinos com Independiente e Estudiantes colocaram o país vizinho isoladamente na frente, posição mantida até a decisão em Lima.

A trajetória uruguaia no topo durou pouco. Entre 1966 e 1968, Peñarol chegou ao tricampeonato e manteve o Uruguai em vantagem temporária, mas as campanhas do Racing em 1967 e do Estudiantes em 1968 devolveram a Argentina à liderança. Desde então, clubes argentinos, como Boca Juniors e River Plate, sustentaram a hegemonia com regularidade.

Sequência brasileira faz diferença desabar

O panorama mudou de forma acelerada a partir de 2019. Desde aquele ano, apenas equipes brasileiras levantaram a taça, num ciclo que já soma sete títulos consecutivos e estabelece um recorde no torneio. O desempenho recente foi decisivo para reduzir a vantagem acumulada pelos argentinos nas décadas de 1960 e 1970, até ocorrer o empate agora registrado.

Além do Flamengo, outras equipas nacionais participaram dessa série vitoriosa, contribuindo diretamente para o novo cenário: Palmeiras, Atlético-MG e Fluminense ergueram ao menos um troféu no período. O ciclo reafirma o peso financeiro e esportivo dos clubes brasileiros, cujos investimentos em plantéis e estrutura vêm gerando impacto competitivo.

Independiente segue como maior campeão

Embora o empate no número geral de títulos sustente o equilíbrio entre países, o ranking de clubes mantém o Independiente, da Argentina, na liderança isolada com sete conquistas. Na sequência aparecem Boca Juniors, com seis, e o uruguaio Peñarol, com cinco. O Flamengo agora integra o grupo de quatro títulos, composto também por River Plate e Estudiantes.

A vitória no Monumental de U torna o rubro-negro o primeiro clube brasileiro tetracampeão da Libertadores, superando São Paulo, Santos, Grêmio e Palmeiras, todos com três troféus. O feito reforça o protagonismo do Rio de Janeiro, que alcança sete taças somadas — mesmo número de São Paulo — considerando também Fluminense, Vasco da Gama e Botafogo.

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Imagem: Últimas Notícias

Número de campeões amplia vantagem brasileira

Além do total de taças, o Brasil lidera em diversidade de vencedores. Doze clubes de diferentes estados já comemoraram a competição, contra oito representantes argentinos. Entre os países que ainda não venceram, Peru, Bolívia e Venezuela permanecem à procura da primeira conquista; apenas o futebol peruano já chegou à final duas vezes, sem êxito.

Quando a análise se volta para as cidades, Buenos Aires mantém a posição de maior número de títulos, com 13 somados por Boca Juniors, River Plate, Argentinos Juniors, San Lorenzo e Vélez Sarsfield. A vizinha Avellaneda surge logo atrás, com oito, impulsionada principalmente pelo Independiente. Rio de Janeiro e São Paulo dividem o terceiro lugar, agora com sete conquistas cada.

Contexto da decisão em Lima

A final sul-americana foi disputada em campo neutro, modelo adotado pela organização a partir de 2019. O Estádio Monumental de U, na capital peruana, recebeu torcedores brasileiros em maioria, reflexo da presença de dois clubes do mesmo país. O Flamengo assegurou o título ao derrotar o Palmeiras e garantiu vaga no próximo Mundial de Clubes.

Com quatro troféus na prateleira, o clube carioca assume a liderança entre as equipas nacionais e contribui para recolocar o futebol brasileiro na disputa direta com a Argentina pelo predomínio continental. A temporada 2026 abrirá novo capítulo dessa rivalidade, com o Brasil buscando quebrar o empate e isolar-se no topo pela primeira vez.

O desfecho em Lima consolida uma década em que o investimento em infraestrutura, direitos de transmissão e formação de elenco impulsionou o desempenho de equipes brasileiras. Resta saber se o ciclo vencedor será suficiente para estabelecer hegemonia prolongada, cenário que a Argentina sustenta há décadas e que agora volta a ser desafiado.

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