O Clube de Regatas do Flamengo alcançou, neste sábado (29), um feito inédito para o futebol nacional. Ao derrotar o Palmeiras por 1 a 0 no Estádio Monumental de U, em Lima, a equipa carioca tornou-se o primeiro clube brasileiro a conquistar a Taça Libertadores da América pela quarta vez. O triunfo confirmou o Rubro-Negro como o maior vencedor do país na competição continental.
Gol solitário define a final
A decisão começou com 15 minutos de atraso, motivada pela chegada tardia do autocarro palmeirense devido ao trânsito na capital peruana. No relvado, o técnico Tite promoveu Samuel Lino no lugar de Everton Cebolinha, enquanto Abel Ferreira manteve o Palmeiras sem alterações táticas significativas.
Nos primeiros movimentos, o Flamengo pressionou e criou duas oportunidades: Bruno Henrique, aos 14 minutos, finalizou por cima; logo depois, Samuel Lino chutou cruzado perto do poste esquerdo de Carlos Miguel. O equilíbrio instalou-se na sequência, acompanhado de lances ríspidos que renderam quatro cartões amarelos antes do intervalo.
O único golo surgiu aos 21 minutos da etapa final. Giorgian de Arrascaeta cobrou escanteio pela esquerda, Danilo subiu livre de marcação e cabeceou no canto direito do guarda-redes palmeirense. O zagueiro repetiu o papel decisivo que já desempenhara na final de 2011 pelo Santos, voltando a balançar as redes numa final de Libertadores catorze anos depois.
Pressão alviverde e quase empate
Após o golo, o Palmeiras adiantou as linhas. A melhor oportunidade para igualar veio aos 43 minutos: Gustavo Gómez cabeceou dentro da área, a defesa travou, e a bola sobrou para Vitor Roque finalizar. O remate desviou em Danilo e saiu pela linha de fundo, preservando a vantagem carioca.
Nos acréscimos, Cebolinha, que entrara na segunda parte, conduziu contra-ataques e ainda acertou a trave em cobrança de falta rasteira. O apito final desencadeou celebração imediata dos adeptos rubro-negros presentes em Lima e em diferentes cidades brasileiras.
Marcas históricas e geração vitoriosa
O resultado encerrou uma espera por revanche. Em 2021, o Palmeiras vencera o Flamengo na decisão disputada em Montevidéu. Agora, o desfecho foi favorável ao clube da Gávea, somando-se aos títulos de 1981, 2019 e 2022.
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Desde 2019, a atual geração flamenguista faturou 16 troféus, incluindo três Libertadores. Arrascaeta, eleito o melhor jogador da edição 2025, e Bruno Henrique participaram de todas essas conquistas e igualaram-se como os atletas mais laureados da história do clube. Ambos celebraram uma Libertadores pela segunda vez no Monumental, palco também do título de 2019.
O treinador Filipe Luís inscreveu o próprio nome num grupo restrito: tornou-se o nono profissional a erguer a Libertadores como jogador e técnico. Em 2019, atuou como lateral-esquerdo; agora, comandou a equipa a partir da área técnica.
Perspectivas imediatas
O calendário oferece ao Flamengo nova chance de levantar troféu em curto prazo. Se vencer o Ceará, na próxima quarta-feira (2), no Maracanã, o clube garante o Campeonato Brasileiro com uma jornada de antecedência.
Para o Palmeiras, resta concentrar-se na sequência da temporada nacional depois de ver a tentativa de igualar o rival em número de títulos continentais frustrada. O Verdão permanece com três taças (1999, 2020 e 2021).
Com o tetracampeonato, o futebol brasileiro chega a 25 conquistas de Libertadores, igualando a marca acumulada pela Argentina. O Flamengo, agora isolado como recordista nacional, projeta participação no próximo Mundial de Clubes da FIFA, onde buscará repetir o sucesso continental em cenário global.
