Um incêndio de grandes proporções atingiu o pavilhão 43 da Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), em Irajá, Zona Norte da capital fluminense, na madrugada desta quarta-feira, 3 de dezembro. De acordo com informações preliminares, as chamas começaram por volta das 1h40 e consumiram pelo menos 28 lojas instaladas no local.
Ação dos bombeiros e apoio de outros órgãos
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas imediatamente após o início do fogo. Durante a operação de combate, quatro militares sofreram exaustão e precisaram ser encaminhados a uma unidade hospitalar para avaliação. Até o momento, não há registro de feridos entre os funcionários, lojistas ou frequentadores do centro de abastecimento.
Além dos bombeiros, outras forças municipais e estaduais atuaram no atendimento à ocorrência. Segundo o Centro de Operações Rio, profissionais da Águas do Rio, CET-Rio, Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e Guarda Municipal foram enviados para a região a fim de auxiliar na contenção das chamas, na gestão do tráfego e na limpeza das vias afetadas pela fuligem.
Impacto no trânsito e orientações de segurança
A fumaça intensa emanada do sinistro reduziu a visibilidade nos acessos ao complexo atacadista, exigindo bloqueios temporários e desvios orientados por agentes de trânsito. O perfil @informeagorarj publicou alerta nas redes sociais às 03h19, recomendando atenção redobrada aos motoristas que circulavam nas proximidades do pavilhão.
Embora o fogo tenha sido concentrado em um bloco específico, a extensão do incêndio levou as autoridades a isolar áreas adjacentes, evitando a aproximação de curiosos e garantindo corredor livre para viaturas. Técnicos da concessionária de água permaneceram no local para assegurar o abastecimento de hidrantes, enquanto equipes de limpeza removeram destroços que poderiam comprometer a circulação de veículos pesados.
Estrutura atingida e prejuízos iniciais
A Ceasa de Irajá abriga centenas de boxes dedicados à distribuição de frutas, verduras e outros insumos alimentícios. O pavilhão 43, foco do incidente, concentra estabelecimentos especializados em diversos gêneros, que ficaram totalmente destruídos. Lojistas calculam perdas significativas, mas ainda não há estimativa oficial de danos materiais.
Peritos do Corpo de Bombeiros deverão avaliar a estabilidade da estrutura antes da liberação da área para retirada de mercadorias remanescentes. A administração da Ceasa também aguarda o laudo técnico para definir prazos de recuperação e possível realocação temporária dos comerciantes afetados.
Imagem: Internet
Próximos passos da investigação
A causa do incêndio não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem. Investigadores da Polícia Civil devem colher depoimentos de funcionários, analisar imagens de câmeras internas e verificar instalações elétricas do pavilhão. O objetivo é determinar se houve falha técnica, curto-circuito ou outro fator que explique o início das chamas.
Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros permanece em regime de rescaldo para evitar reignição de focos escondidos sob escombros. A orientação aos comerciantes é aguardar autorização oficial antes de retornar ao pavilhão, a fim de preservar a segurança e não atrapalhar o trabalho pericial.
Funcionamento parcial e abastecimento da cidade
Mesmo com a interdição do pavilhão 43, as demais áreas da Ceasa continuaram operando de forma limitada durante a manhã, segundo a administração. A medida visa manter o fluxo de alimentos e minimizar impactos no abastecimento da região metropolitana do Rio de Janeiro.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública informou que equipes de fiscalização acompanham a situação para coibir aumento abusivo de preços que possa decorrer da perda de mercadorias. A pasta reforçou que, por ora, não há risco de desabastecimento, pois o volume afetado representa parcela restrita da capacidade total do entreposto.
Novas informações serão divulgadas pelas autoridades à medida que avançarem o rescaldo, a perícia e o levantamento dos prejuízos.
