Última superlua de 2025 acontece dia 4 e promete espetáculo maior e mais brilhante

Tecnologia e Inovação

Quem olhar para o horizonte leste na noite de quinta-feira, 4, poderá acompanhar o ponto máximo da última superlua de 2025. O fenómeno ocorre quando a Lua cheia coincide com a sua maior aproximação à Terra, o perigeu, fazendo com que o disco lunar pareça até 10 % maior e apresente luminosidade superior à habitual.

Por que a Lua ficará maior e mais intensa

Durante este perigeu, o satélite estará cerca de 27,3 mil quilómetros mais próximo do planeta do que em média. Especialistas descrevem “superlua” como qualquer Lua cheia ou nova que surge a 360 mil quilómetros ou menos da Terra. Há também quem limite o termo aos casos em que a fase cheia ou nova ocorre num intervalo curto em relação ao ponto de maior proximidade orbital.

A órbita elíptica do satélite faz com que a distância entre os dois corpos varie continuamente: no perigeu, a Lua aproxima-se; no apogeu, afasta-se. Quando a fase cheia surge no perigeu, a superfície refletora recebe mais luz solar e a projeção no céu noturno torna-se visualmente maior.

Horários recomendados e condições ideais

A melhor altura para observar será logo após o pôr do sol. Em São Paulo, o nascer da Lua está previsto para as 18h43; no Rio de Janeiro, para as 18h27. O ápice do fenómeno deverá ocorrer às 20h13, no horário de Brasília.

Para maximizar a experiência, astrónomos aconselham escolher locais com boa visibilidade do horizonte, afastados de poluição luminosa. Condições atmosféricas estáveis aumentam a nitidez e a percepção do diâmetro lunar.

Nos instantes iniciais após o nascer, muitos observadores notarão a chamada “ilusão lunar”. Objetos próximos ao horizonte parecem maiores do que quando se encontram mais altos no céu, fenómeno ainda sem explicação científica definitiva. A impressão de tamanho ampliado soma-se ao aumento real de até 10 % causado pela menor distância.

Nesse período, é comum que o disco apresente tonalidade amarelada ou alaranjada. A luz refletida percorre camadas atmosféricas mais densas quando o astro está baixo no horizonte, fazendo com que comprimentos de onda azul sejam mais dispersos e restem sobretudo os tons vermelhos. À medida que a Lua sobe, o trajeto encurta e a cor tende a tornar-se mais esbranquiçada.

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Imagem: Tecnologia & Inovação

Nomenclaturas populares e calendário futuro

Cada Lua cheia recebe designações tradicionais no hemisfério norte, muitas delas de origem indígena ou colonial norte-americana. A lista tornou-se corrente entre astrónomos como recurso de divulgação científica:

Janeiro: Lua do Lobo
Fevereiro: Lua da Neve
Março: Lua da Minhoca
Abril: Lua Rosa
Maio: Lua das Flores
Junho: Lua do Morango
Julho: Lua do Cervo
Agosto: Lua do Esturjão
Setembro: Lua do Milho
Outubro: Lua do Caçador
Novembro: Lua do Castor
Dezembro: Lua Fria

Embora haja divergência sobre critérios, o termo “superlua” consolidou-se entre o público e vem sendo adotado pela comunidade científica para aproximar a astronomia de novos interessados.

Em 2026 estão previstas três superluas. A primeira ocorrerá em 3 de janeiro. As outras duas surgirão a 24 de novembro e a 24 de dezembro. Até lá, a observação de 4 de dezembro de 2025 representa a última oportunidade de assistir ao fenómeno neste ano.

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