Neste sábado, 6 de dezembro de 2025, a Lua permanece na fase cheia, condição em que todo o disco visível está totalmente iluminado pela luz solar. A plenitude ocorreu na quinta-feira, 4 de dezembro, às 20h14 (horário de Brasília), mas o aspecto arredondado continua evidente durante todo o fim de semana.
Datas e horários das fases em dezembro
O ciclo sinódico – intervalo entre duas Luas novas consecutivas – dura em média 29,5 dias. Para o mês de dezembro de 2025, os principais marcos são os seguintes:
Lua crescente: 28 de novembro, 3h58
Lua cheia: 4 de dezembro, 20h14
Lua minguante: 11 de dezembro, 17h51
Lua nova: 19 de dezembro, 22h43
Lua crescente: 27 de dezembro, 16h09
Mesmo após o momento exato de cada fase, o visual característico permanece por aproximadamente três noites, factor que explica a aparência ainda cheia deste sábado.
Entenda cada etapa do ciclo
A alternância de luz no satélite resulta da posição relativa entre Terra, Sol e Lua. Quando o lado voltado ao planeta recebe iluminação completa, temos a Lua cheia. Na Lua nova, o satélite fica alinhado entre a Terra e o Sol; por isso, a face visível não é iluminada e torna-se praticamente invisível a olho nu. Entre esses dois extremos surgem as fases crescentes e minguantes, nas quais a área observável aumenta ou diminui gradualmente.
No Hemisfério Sul, a parte iluminada da Lua crescente aparece voltada para a esquerda; no Hemisfério Norte, para a direita. A diferença resulta do ângulo de observação em cada hemisfério.
Efeitos sobre marés e ecossistemas
Durante a fase cheia, a combinação dos campos gravitacionais do Sol e da Lua intensifica o contraste entre maré alta e maré baixa, fenómeno conhecido como maré viva. Esse efeito é particularmente relevante para atividades portuárias, pesca e ecossistemas costeiros.
Imagem: Tecnologia & Inovação
A luminosidade noturna ampliada também influencia o comportamento animal. Estudos relatam alterações nos padrões de alimentação, reprodução e deslocamento de organismos como corais, moluscos, tartarugas marinhas e aves migratórias, que sincronizam ciclos biológicos com as fases lunares.
Características físicas do satélite
A Lua possui diâmetro equivalente a cerca de um quarto da Terra e distância média de 384.400 km. Essa separação varia devido à órbita elíptica: no perigeu, aproxima-se de 363.000 km; no apogeu, afasta-se até cerca de 405.000 km.
O satélite apresenta rotação síncrona, isto é, leva o mesmo tempo para girar sobre o próprio eixo e para orbitar o planeta. Por esse motivo, a mesma face é permanentemente visível a partir da Terra. A região oposta, popularmente chamada de “face oculta”, também recebe luz solar, mas só pode ser observada mediante sondas ou equipamentos espaciais.
Apesar da forte influência gravitacional sobre os oceanos, não há evidências científicas de que as fases lunares provoquem alterações diretas no humor, na saúde ou no comportamento humano.
Acompanhar o calendário lunar auxilia pescadores, agricultores, observadores astronómicos e entusiastas em geral a planificar atividades dependentes de luminosidade e marés. Para os que pretendem observar ou fotografar o satélite, a Lua cheia deste sábado oferece condições ideais, desde que o céu permaneça limpo.





