Meta adia óculos de realidade mista Phoenix para 2027 e revê prioridades

A Meta decidiu postergar o lançamento dos seus novos óculos de realidade mista, de nome de código Phoenix, para o primeiro semestre de 2027. A informação consta de memorandos internos consultados pelo Business Insider, que indicam uma mudança no cronograma anteriormente previsto para a segunda metade de 2026.

Novo cronograma para o projeto Phoenix

Os documentos referem que a Meta continua a trabalhar no dispositivo, concebido para combinar elementos de realidade virtual e aumentada. Segundo fontes citadas, a estrutura deverá assemelhar-se ao formato do Apple Vision Pro, com um módulo externo em formato de “puck” responsável pela alimentação energética e processamento de parte das tarefas.

O adiamento significa que a empresa de Menlo Park manterá no mercado, por mais tempo, a sua atual linha de produtos de imersão digital, que inclui os óculos inteligentes Ray-Ban Meta e os auscultadores de realidade virtual da família Quest. O segmento de hardware de realidade mista da companhia ainda não dispõe de um modelo comercial para concorrer diretamente com capacetes visuais avançados de outros fabricantes.

Motivos por trás do adiamento

Nos memorandos, os executivos Gabriel Aul e Ryan Cairns, responsáveis pela divisão de metaverso, explicam que o atraso “vai oferecer mais margem para acertar os detalhes” do produto. As mensagens internas relatam ainda uma orientação do diretor-executivo Mark Zuckerberg, que pediu às equipas mais tempo para tornar o negócio sustentável e entregar “experiências de maior qualidade”.

O ajuste de calendário surge numa altura em que a Meta revê os investimentos destinados ao metaverso. De acordo com a Bloomberg, a companhia prevê reduzir em até 30% o orçamento daquele departamento, medida que acompanha cortes de custos implementados em diferentes áreas desde 2023.

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Imagem: gadgets & tech

Contexto do portfólio de realidade aumentada e virtual

Atualmente, a Meta comercializa os auscultadores Quest 2, Quest 3 e Quest Pro, focados na realidade virtual, além dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta, que capturam fotos, gravam vídeo e integram assistente de voz. O projeto Phoenix representa o primeiro esforço da empresa para oferecer um dispositivo de realidade mista de alta gama, capaz de mesclar elementos virtuais ao ambiente real de forma transparente, recurso que Zuckerberg tem descrito como fundamental para a visão de longo prazo da companhia.

Implicações para o mercado

Com o novo prazo, a Meta afasta a possibilidade de colocar o produto nas lojas antes de 2027, ano em que outros concorrentes poderão já ter consolidado as suas próprias soluções de realidade estendida. Enquanto isso, a empresa prossegue com a estratégia de popularizar tecnologias imersivas por meio de modelos mais acessíveis, mantendo o foco em softwares de socialização, entretenimento e produtividade voltados ao ecossistema de headset.

Assim, o desenvolvimento dos óculos Phoenix continua, mas sob um calendário mais alargado, alinhado à meta de garantir viabilidade comercial e um nível de qualidade considerado essencial pela liderança da organização.

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