Bill Gates apresentou a sua seleção anual de leituras e destacou cinco obras que, segundo ele, merecem atenção especial em 2025. No mesmo dia, um tribunal dos Estados Unidos autorizou o estado da Flórida a aplicar uma lei que proíbe crianças de até 13 anos de manter contas em redes sociais e impõe novas exigências a adolescentes de 14 e 15 anos. A coincidência de anúncios envolve dois temas distintos, mas ambos direcionados ao público jovem: incentivo à leitura e segurança digital.
Bill Gates recomenda cinco livros para o fim de ano
O cofundador da Microsoft publicou em seu blog a lista de títulos que considera mais marcantes entre os que leu em 2025. O empresário explica que o período de festas costuma ser propício para mergulhar em novas ideias e refletir sobre temas relevantes. A seleção reúne ficção e não ficção, com foco em propósito, clima, comunicação e inovação.
1. “Remarkably Bright Creatures”, de Shelby Van Pelt
O romance acompanha personagens improváveis e aborda laços afetivos, pertença e oportunidades de recomeço. Gates destaca o equilíbrio entre emoção e leveza apresentado pela autora.
2. “Clearing the Air”, de Hannah Ritchie
Nesta obra de não ficção, a pesquisadora analisa dados sobre poluição atmosférica e crise climática, desmontando mitos e apontando soluções viáveis. O filantropo considera o livro um guia prático para enfrentar o problema ambiental.
3. “Who Knew”, de Barry Diller
O executivo revisita décadas de mudanças no entretenimento, na internet e nos negócios, explorando criatividade e liderança. Segundo Gates, o relato ajuda a compreender como as indústrias se reinventam.
4. “When Everyone Knows That Everyone Knows”, de Steven Pinker
O psicólogo investiga comunicação, reputação e acordos sociais, explicando mecanismos que sustentam a cooperação humana. Para Gates, a obra oferece uma perspectiva sólida sobre comportamento coletivo.
5. “Abundance”, de Ezra Klein e Derek Thompson
Os autores discutem obstáculos ao crescimento económico e tecnológico e propõem caminhos para sociedades mais prósperas. O bilionário elogia a análise sobre inovação e produtividade.
Imagem: Internet
Tribunal libera Flórida a aplicar lei que limita redes sociais
Em decisão emitida nesta quinta-feira (27), um tribunal federal autorizou a Flórida a implementar a lei que proíbe menores de 14 anos de criar contas em plataformas como Instagram, TikTok ou X. Adolescentes de 14 e 15 anos só poderão participar se houver consentimento expresso dos pais ou responsáveis.
A medida foi contestada por empresas de tecnologia, que alegam violações à liberdade de expressão e barreiras aos modelos de negócio. Os defensores da norma afirmam que o objetivo principal é proteger crianças de conteúdos nocivos, predadores online e do impacto do uso excessivo de redes sociais na saúde mental.
Com a decisão, as plataformas precisam ajustar mecanismos de verificação de idade e implementar processos de autorização parental. O texto também prevê sanções financeiras para serviços que descumprirem as exigências.
Especialistas em segurança digital apontam desafios técnicos para garantir que menores não contornem restrições. Já grupos de direitos civis questionam o potencial efeito de silenciar vozes jovens em debates públicos.
Enquanto a lei entra em vigor, a indústria de tecnologia avalia novos recursos de moderação e controles parentais. Analistas esperam que a decisão da Flórida influencie propostas semelhantes noutros estados norte-americanos.





