RIO DE JANEIRO, 04/12/2025 – O Google apresentou dois levantamentos distintos nesta quinta-feira: o ranking das novelas e séries que mais cresceram em volume de pesquisas em 2025 e um novo recurso empresarial que possibilita às companhias monitorar mensagens enviadas pelos funcionários.
Produções que lideraram o interesse do público em 2025
O relatório integra o especial “Buscas do Ano”, compilação anual que mede os termos com maior avanço percentual nas pesquisas entre 1.º de janeiro e 24 de novembro. Diferente de um ranking absoluto, o estudo retrata o ritmo de crescimento da procura por cada título.
Segundo a empresa, as dez novelas e séries que mais despertaram curiosidade no período foram:
1) Round 6
2) Monstro: A História de Ed Gein
3) Beleza Fatal
4) Os Donos do Jogo
5) Tremembé
6) Vale Tudo
7) Garota do Momento
8) A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário
9) Dias Perfeitos
10) Power Couple
“Round 6”, produção sul-coreana que já havia conquistado ampla audiência em serviços de streaming, voltou a crescer em popularidade após o anúncio de uma nova temporada. “Monstro: A História de Ed Gein”, série documental centrada em crimes reais, figura na segunda posição, sinalizando o interesse contínuo por narrativas baseadas em fatos.
Entre as novelas nacionais, “Beleza Fatal” e “Tremembé” aparecem entre as cinco primeiras colocações, enquanto o clássico “Vale Tudo” ressurgiu na lista após reprises em plataformas digitais. O reality “Power Couple” fecha o top 10 e confirma a força desse formato nas buscas.
Para elaborar o ranking, o Google analisa termos que demonstram salto repentino de popularidade, descartando pesquisas que se mantêm estáveis ao longo do ano. O resultado serve como termômetro de temas que ganharam destaque de forma inédita ou foram impulsionados por notícias, estreias e campanhas de marketing.
Recurso permite interceptação e arquivamento de mensagens
No mesmo comunicado, a empresa detalhou um serviço corporativo que viabiliza a interceptação ou o armazenamento de conversas enviadas a partir de dispositivos gerenciados pelas organizações. A funcionalidade destina-se a empresas que utilizam soluções móveis administradas pela plataforma do Google.
Imagem: Internet
De acordo com a companhia, o sistema fornece às equipes de TI a possibilidade de:
- Definir políticas de retenção para mensagens de texto e aplicativos compatíveis;
- Configurar alertas automáticos sobre conteúdos considerados sensíveis ou violações de normas internas;
- Gerar relatórios de auditoria que documentam o tráfego de comunicações corporativas.
O recurso atua em conjunto com a ferramenta denominada “Teams”. Quando um colaborador trabalha fora do escritório, o sistema regista a atividade e notifica os responsáveis pela gestão de pessoal. A medida, segundo o Google, atende empresas que precisam comprovar conformidade regulatória ou prevenir vazamento de informações.
A ativação é opcional e exige consentimento formal entre empregador e empregado, em conformidade com legislações de privacidade e proteção de dados. O Google recomenda que as organizações informem com clareza suas políticas internas antes de habilitar a funcionalidade.
Implicações para o mercado de entretenimento e para o ambiente corporativo
O levantamento de buscas indica tendências importantes para produtores de conteúdo, emissoras e serviços de streaming que procuram alinhar catálogos às preferências do público. Séries de suspense, narrativas criminais baseadas em fatos reais e realities de competição despontam como formatos com potencial de audiência em 2026.
Já o novo serviço de monitorização de mensagens reforça a expansão de soluções de gestão remota no pós-pandemia. Companhias que adotaram o regime híbrido veem na ferramenta uma forma de manter rastreabilidade das comunicações sem recorrer a aplicativos de terceiros. Especialistas em segurança da informação sugerem, contudo, que a prática seja acompanhada de políticas claras para evitar conflitos trabalhistas.
Com essas duas iniciativas, o Google encerra o ano reforçando a análise de dados como pilar estratégico: seja para mapear comportamentos de consumo de mídia, seja para oferecer às empresas instrumentos de governança digital.





