Domingo, 7 de dezembro de 2025, marca o ponto máximo de iluminação do satélite natural da Terra. Nesta data, todo o disco lunar fica visível, fenómeno que se repete aproximadamente a cada 29,5 dias. A fase cheia encerra a primeira metade do ciclo, iniciada com a Lua nova, e antecede o período de declínio luminoso que culmina na Lua minguante.
Calendário lunar de dezembro de 2025
O mês sinódico — intervalo entre duas Luas novas consecutivas — apresenta variações inferiores a um dia, mas em média dura 29 dias e meio. Para dezembro de 2025, os principais marcos do ciclo estão agendados para:
• 28 de novembro, 3h58: Lua crescente
• 4 de dezembro, 20h14: Lua cheia
• 11 de dezembro, 17h51: Lua minguante
• 19 de dezembro, 22h43: Lua nova
• 27 de dezembro, 16h09: Lua crescente
A listagem ajuda a planear actividades dependentes da visibilidade nocturna, como observação astronómica, fotografia de paisagens ou medições de maré em zonas costeiras.
Como cada fase se forma
A aparência do satélite decorre da posição relativa entre a Terra, o Sol e a Lua. Quando o hemisfério voltado para o planeta recebe luz solar plena, surge a Lua cheia. No extremo oposto, a Lua nova ocorre quando o satélite se coloca entre a Terra e o Sol, impedindo a reflexão da luz para os observadores terrestres. Entre esses pontos, a Lua crescente assinala a expansão da área iluminada, enquanto a fase minguante indica redução da luminosidade visível.
Embora o fenómeno possa ser observado a olho nu, a orientação da claridade muda conforme a latitude. No Hemisfério Sul, o lado iluminado da Lua crescente aparece à esquerda; no Hemisfério Norte, à direita. A diferença é consequência do ângulo de observação, não de alterações na superfície lunar.
Efeitos da Lua cheia nas marés e na vida marinha
Durante o alinhamento de Sol, Terra e Lua, o campo gravitacional combinado intensifica a atracção sobre os oceanos, gerando as marés vivas. Nestes períodos, a variação entre maré alta e baixa atinge valores máximos, factor relevante para navegação, pesca e actividades costeiras.
Imagem: NewsUp Brasil (3)
A luminosidade nocturna reforçada também influencia o comportamento de espécies marinhas e aves. Estudos registam mudanças em padrões de alimentação, reprodução e deslocamento de corais, moluscos, tartarugas marinhas e aves migratórias. A maior claridade pode servir como sinal biológico para sincronizar desovas ou orientar rotas de migração.
Características físicas do satélite
A Lua possui diâmetro equivalente a cerca de um quarto do terrestre e mantém distância média de 384 400 km do planeta. Essa separação varia em função da órbita elíptica: no perigeu, o ponto mais próximo, a aproximação chega a 363 000 km; no apogeu, o ponto mais distante, alcança 405 000 km.
Outro aspecto é a rotação síncrona. O satélite demora o mesmo tempo para dar uma volta completa em torno de si próprio e para completar uma órbita à volta da Terra. Por isso, a mesma face permanece voltada para o planeta. A região contrária, muitas vezes chamada de “face oculta”, recebe luz solar regularmente, mas só é observável mediante sondas ou naves espaciais.
Influência sobre o ser humano
A gravidade responsável pelas marés é insuficiente para produzir efeitos fisiológicos directos nas pessoas. Pesquisas que procuram ligações entre fases lunares e saúde, humor ou comportamento humano não encontraram correlações significativas. Assim, a Lua cheia de 7 de dezembro impressiona sobretudo pelo espectáculo visual e pelos impactos verificados em sistemas naturais aquáticos, sem refletir alterações mensuráveis no organismo humano.





