Nesta sexta-feira, 28 de novembro de 2025, a Lua entra na fase crescente às 3h58, sinalizando o momento em que o Sol volta a iluminar gradualmente o disco lunar depois do alinhamento da Lua nova. A passagem marca o início de um novo período de marés vivas, fenómeno que se repetirá até o fim do ano.
Calendário lunar de novembro e dezembro
O mês sinódico, intervalo médio de 29,5 dias entre duas Luas novas, organiza-se em quatro fases principais. Entre o fim de novembro e o final de dezembro, os eventos ocorrem nas datas e horários abaixo (horário de Brasília):
• Lua crescente: 28 de novembro, 3h58
• Lua cheia: 4 de dezembro, 20h14
• Lua minguante: 11 de dezembro, 17h51
• Lua nova: 19 de dezembro, 22h43
• Lua crescente: 27 de dezembro, 16h09
Essas transições resultam da posição relativa entre Terra, Sol e Lua. Durante a crescente, o satélite já se afastou do alinhamento com o Sol e caminha para o lado oposto, quando se tornará Lua cheia.
Efeitos na Terra durante a Lua crescente
A atração gravitacional da Lua atua sobre os oceanos e produz variações nas marés. Na crescente e na cheia, Terra, Lua e Sol formam um ângulo que potencializa a força gravitacional combinada, gerando as chamadas marés vivas, caracterizadas pela maior diferença entre maré alta e maré baixa. Esse comportamento é relevante para a navegação, para atividades de pesca e para a dinâmica dos ecossistemas costeiros.
A luminosidade progressiva também influencia organismos marinhos e animais noturnos. Estudos relatam alterações de comportamento em corais, moluscos, tartarugas-marinhas e aves migratórias, que podem sincronizar ciclos de alimentação, reprodução ou deslocamento à intensidade da luz lunar.
Características de cada fase
Lua crescente: sucede a Lua nova e apresenta aumento diário da porção iluminada, visível como um semicírculo no céu.
Lua cheia: ocorre quando a face voltada para a Terra fica completamente iluminada, oferecendo a maior luminosidade noturna do ciclo.
Lua minguante: inicia a redução da área iluminada, antecipando o encerramento do ciclo sinódico.
Lua nova: surge quando o satélite se coloca entre a Terra e o Sol; nesse alinhamento, a face iluminada não é visível a olho nu.
Imagem: NewsUp Brasil
Dados astronómicos do satélite
A Lua tem diâmetro de aproximadamente um quarto do terrestre e distância média de 384 400 km. Essa separação varia devido à órbita elíptica: no perigeu, o satélite aproxima-se de 363 mil km; no apogeu, afasta-se até cerca de 405 mil km.
Observadores do Hemisfério Sul veem a parte iluminada da Lua crescente voltada para a esquerda, enquanto no Hemisfério Norte o brilho aparece à direita, diferença explicada pelo ângulo de visão. Além disso, a rotação síncrona faz com que o satélite mostre sempre a mesma face ao planeta: o período de rotação sobre o próprio eixo equivale ao tempo de órbita em torno da Terra.
A região popularmente chamada de “face oculta” também recebe luz solar; contudo, só é vista mediante sondas e missões espaciais, pois permanece fora do campo de visão terrestre.
Influência no corpo humano
Embora a gravidade lunar seja suficiente para moldar marés, não há evidências científicas de que as fases alterem humor, saúde ou comportamento das pessoas. Pesquisas continuam a investigar possíveis correlações, mas, até o momento, nenhum efeito fisiológico direto foi comprovado.
Com esses dados, astrónomos, pescadores e demais observadores já podem programar atividades para as próximas semanas, acompanhando a evolução do ciclo que se encerra em meados de dezembro e reinicia no dia 19, com a próxima Lua nova.





