Nesta terça-feira, 9 de dezembro de 2025, a Lua permanece na fase cheia, momento em que todo o disco visível do satélite fica iluminado pela luz solar. A posição relativa entre Terra, Lua e Sol permite que o lado voltado ao planeta receba iluminação total, produzindo a imagem de um círculo completo no céu.
Calendário lunar de dezembro
O ciclo lunar, também chamado de mês sinódico, dura em média 29,5 dias. Para o período entre o fim de novembro e o final de dezembro estão previstos os seguintes marcos:
• Lua crescente: 28 de novembro, às 03h58;
• Lua cheia: 4 de dezembro, às 20h14;
• Lua minguante: 11 de dezembro, às 17h51;
• Lua nova: 19 de dezembro, às 22h43;
• Lua crescente: 27 de dezembro, às 16h09.
Embora o instante preciso da Lua cheia tenha ocorrido em 4 de dezembro, a fase caracteriza-se por alguns dias de disco quase totalmente iluminado. Por esse motivo, ainda é possível observar o satélite em aspecto cheio por volta de 9 de dezembro.
Impacto nas marés e nos ecossistemas
Durante a Lua cheia, o alinhamento gravitacional entre o satélite e o Sol intensifica o movimento das águas oceânicas, gerando as chamadas marés vivas. Nesse período, a diferença entre maré alta e maré baixa torna-se mais pronunciada, condição monitorada por setores como pesca, navegação e defesa civil.
A luminosidade noturna aumentada influencia ainda o comportamento de várias espécies. Estudos relatam alterações em hábitos de alimentação, deslocamento e reprodução de corais, moluscos, aves migratórias e tartarugas-marinhas, que ajustam rotinas ao nível de claridade disponível.
Como as fases se sucedem
• Lua crescente: sucede a fase nova e indica crescimento gradual da área iluminada.
• Lua cheia: ocorre quando o hemisfério voltado à Terra está totalmente iluminado.
• Lua minguante: marca a diminuição da luz visível, preparando o novo ciclo.
• Lua nova: registra o alinhamento entre Terra, Lua e Sol, tornando o satélite invisível a olho nu.
A sucessão de fases é resultado direto da geometria orbital entre os três corpos e pode ser acompanhada a olho nu em noites de céu limpo.
Imagem: NewsUp Brasil
Dados orbitais essenciais
A Lua possui diâmetro equivalente a cerca de um quarto do terrestre e distância média de 384 400 quilómetros. Essa separação varia entre aproximadamente 363 mil km no perigeu (ponto mais próximo) e 405 mil km no apogeu (ponto mais distante), devido à órbita elíptica.
O satélite apresenta rotação síncrona: leva o mesmo tempo para girar em torno do próprio eixo e para completar uma órbita ao redor da Terra. Essa característica faz com que sempre seja observada a mesma face a partir do planeta. A face oposta, popularmente chamada de “oculta”, também recebe luz solar, mas só pode ser registrada por sondas e naves espaciais.
No Hemisfério Sul, a parte iluminada da Lua crescente aparece voltada para a esquerda; no Hemisfério Norte, para a direita. A diferença decorre do ângulo de observação relativo ao plano da órbita lunar.
Efeitos sobre o corpo humano
Embora a influência gravitacional da Lua seja determinante para as marés, pesquisas não encontraram evidências de impacto direto das fases lunares sobre humor, saúde ou comportamento humanos. O valor gravitacional exercido sobre indivíduos é considerado insuficiente para produzir efeitos fisiológicos mensuráveis.
Com base nesses dados, a fase cheia de 9 de dezembro oferece oportunidade para observação astronómica e monitoramento de marés vivas, mantendo relevância para atividades costeiras, pesquisa científica e interesse público.





