O Conselho de Administração da Petrobras aprovou por unanimidade, na quinta-feira (27), o Plano de Negócios 2026-2030. O documento prevê US$ 109 bilhões em investimentos, distribuídos entre projetos já em execução e oportunidades ainda em análise.
Distribuição dos recursos
Do montante total, US$ 91 bilhões serão aplicados na Carteira em Implantação, que reúne iniciativas em fase de desenvolvimento mais avançada. Outros US$ 18 bilhões compõem a Carteira em Avaliação, formada por projetos com menor grau de maturidade e cuja execução depende de estudos adicionais de viabilidade.
Em relação ao plano anterior (2025-2029), o volume global diminuiu 1,8%. Na proposta vigente, aprovada em 2024, a companhia previa investir US$ 111 bilhões, sendo US$ 98 bilhões na carteira principal e US$ 13 bilhões em iniciativas ainda sob análise.
Novo mecanismo de priorização
Para reforçar a flexibilidade financeira, a estatal introduziu um sistema de duas categorias dentro da Carteira em Implantação:
- Carteira Base — abrange US$ 81 bilhões em projetos cujo orçamento já foi aprovado no plano, mas que ainda necessitam de avaliação econômica detalhada antes da formalização final.
- Carteira Alvo — engloba US$ 10 bilhões adicionais, condicionados à confirmação de recursos e à análise de financiabilidade.
A divisão, segundo a Petrobras, permite ajustar o ritmo de desembolsos conforme as condições de mercado e preservar a resiliência financeira da empresa.
Impacto na economia brasileira
Em comunicado, a presidente da companhia, Magda Chambriard, afirmou que os investimentos representam cerca de 5% do total aplicado no Brasil em todos os setores. A executiva estima a geração e manutenção de 311 mil empregos diretos e indiretos, além da arrecadação de aproximadamente R$ 1,4 trilhão em tributos para municípios, estados e União no período de cinco anos.
Chambriard reforçou que a Petrobras pretende “seguir como líder na transição energética justa”, contribuindo para a segurança de abastecimento do país e para o desenvolvimento sustentável.
Imagem: Ultimas Notícias
Principais objetivos do plano
O documento aprovado estabelece prioridades para o quinquênio 2026-2030, entre as quais se destacam:
- Expansão da produção de óleo e gás em campos do pré-sal, mantendo a competitividade dos projetos offshore;
- Avanço em iniciativas de baixo carbono, alinhadas às metas de redução de emissões assumidas pela empresa;
- Modernização de refinarias para elevar a eficiência energética e a oferta de combustíveis alinhados a padrões internacionais;
- Manutenção da disciplina de capital, com foco em retorno aos acionistas e sustentabilidade financeira.
Comparação com o plano anterior
Embora o valor total previsto tenha recuado, a nova distribuição dos recursos evidencia uma maior concentração em projetos já avaliados, enquanto a parcela destinada a oportunidades em estágio inicial aumentou de US$ 13 bilhões para US$ 18 bilhões. A alteração indica maior espaço para iniciativas de diversificação e adaptação às demandas de transição energética.
Próximos passos
Com a aprovação, a Petrobras iniciará a fase de detalhamento dos projetos listados na Carteira em Implantação Base. Os investimentos vinculados à Carteira Alvo dependerão de novas deliberações do Conselho, que analisará a evolução de indicadores de mercado, perspectiva de fluxo de caixa e condições de financiamento.
A estatal também informou que manterá o monitoramento das variáveis macroeconômicas para ajustar metas de produção, cronogramas e orçamentos, garantindo a execução do plano dentro dos parâmetros de rentabilidade definidos.





