A indústria de tecnologia apresentou dois anúncios de peso. A Samsung oficializou o Galaxy Z TriFold, primeiro smartphone dobrável com três ecrãs da marca, enquanto o Google tornou público o Project Suncatcher, iniciativa que prevê instalar centros de dados em órbita para ampliar a potência de processamento dedicada à inteligência artificial.
Galaxy Z TriFold estreia na Coreia do Sul
A Samsung confirmou que o Galaxy Z TriFold chega às lojas sul-coreanas em 12 de dezembro. O dispositivo utiliza um mecanismo de tripla dobradiça que permite alternar entre um formato compacto e um ecrã aberto de 10 polegadas. Quando totalmente estendido, o painel principal apresenta resolução de 2.160 × 1.584 píxeis e taxa de atualização de até 120 Hz. Na face externa, há uma tela secundária de 6,5 polegadas com 2.520 × 1.080 píxeis, também a 120 Hz.
De acordo com a fabricante, a espessura varia de 12,9 mm, com o conjunto dobrado, a apenas 4,2 mm no modo totalmente desdobrado. No interior, o modelo traz processador Snapdragon 8 Elite, 16 GB de memória RAM e opções de 512 GB ou 1 TB de armazenamento interno.
A bateria tem 5.600 mAh, suporta carregamento rápido com fio de 45 W e carregamento sem fio de 15 W. O conjunto fotográfico traseiro é triplo, composto por sensor principal de 200 MP, teleobjetiva de 10 MP e ultra-grande-angular de 12 MP. Na parte frontal, a câmara dedicada a selfies oferece 10 MP.
A empresa informou que a expansão internacional está prevista para os primeiros meses de 2026. Entre os mercados confirmados estão China, Taiwan, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.
Project Suncatcher leva infraestruturas do Google ao espaço
O CEO do Google, Sundar Pichai, revelou o Project Suncatcher, plano que prevê a instalação de unidades de processamento em órbita. O objetivo é aumentar a capacidade computacional necessária para modelos avançados de inteligência artificial, reduzindo a dependência de centros de dados terrestres.
Segundo Pichai, os módulos espaciais funcionarão como extensões da atual rede de data centers da empresa. O executivo descreveu a proposta como “ousada”, mas alinhada à crescente procura por recursos de alto desempenho em nuvem. Não foram divulgados prazos definitivos nem especificações técnicas, porém o Google admite que a decisão reflete a corrida global por infraestrutura capaz de sustentar aplicações de IA em larga escala.
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Especialistas consultados pela companhia apontam potenciais benefícios, como menor latência para satélites de comunicação, dissipação térmica aprimorada e acesso ininterrupto à energia solar. O Google considera ainda parcerias com agências espaciais e empresas do setor aeroespacial para viabilizar lançamentos e manutenção dos módulos.
Impacto para consumidores e mercado
Os anúncios demonstram estratégias distintas, mas convergentes na busca por inovação. Com o Galaxy Z TriFold, a Samsung explora formatos alternativos de ecrã para manter a liderança no segmento de dispositivos dobráveis. Ao apostar num design triplo, a empresa amplia as possibilidades de produtividade e consumo de conteúdo móvel.
Já o Google, com o Project Suncatcher, volta-se para os bastidores da computação, tentando reforçar a infraestrutura que alimenta serviços online e ferramentas de IA. A descentralização para além da superfície terrestre pode redefinir modelos de implantação de data centers, sobretudo se provar vantagens em eficiência energética e escalabilidade.
Ambas as iniciativas chegam num momento em que fabricantes e provedores de serviços disputam atenção de utilizadores e desenvolvedores. Enquanto o novo smartphone estará disponível ainda este ano na Coreia do Sul, o projeto do Google permanece em fase de conceção, mas sinaliza um futuro no qual o armazenamento e o processamento de dados podem ultrapassar os limites planetários.





