SEUL — A Samsung apresentou o Galaxy Z TriFold, primeiro smartphone da marca com mecanismo de dobra tripla e custo estimado em R$ 13 mil. O dispositivo chega ao mercado em 12 de dezembro por US$ 2.443, posicionando-se como uma edição especial de alto valor.
Estrutura em três painéis expande o ecrã para 25,4 cm
O principal diferencial do Galaxy Z TriFold é o sistema de três segmentos articulados que, quando abertos, formam um painel de 25,4 centímetros de diagonal. A fabricante sul-coreana destaca que o formato amplia a área de visualização sem comprometer a portabilidade. Segundo a empresa, o desenho foi pensado para atividades de criação de conteúdo e trabalho multitarefa, oferecendo mais espaço para aplicações simultâneas.
Mesmo com o conjunto mecânico adicional, o aparelho mantém perfil descrito como “ultrafino” pela Samsung. No ponto mais delgado, o corpo atinge meio centímetro de espessura. O peso total é de 309 gramas, valor que se aproxima de tablets compactos, mas ainda dentro da faixa de smartphones dobráveis de grande porte.
Preço coloca o modelo acima de rivais no segmento premium
A etiqueta de US$ 2.443 equivale ao dobro do preço do iPhone 17, referência utilizada pela Samsung durante a apresentação para sublinhar o posicionamento de nicho. A companhia não divulgou planos de redução de custo nem variantes com especificações simplificadas. Dessa forma, o TriFold permanece distante do consumidor médio e segue como opção para entusiastas dispostos a pagar por tecnologia de ponta.
O valor elevado não é inédito no mercado de smartphones com múltiplas dobras. Em 2022, a chinesa Huawei mostrou um conceito de aparelho tríplice também classificado como premium. À época, o preço limitou a distribuição a mercados restritos. A semelhança reforça a percepção de que, ao menos no estágio atual, a tecnologia de dobradiças múltiplas demanda investimentos significativos em componentes e engenharia.
Lançamento global agendado para dezembro
De acordo com a Samsung, as vendas do Galaxy Z TriFold começam em 12 de dezembro, inicialmente em mercados selecionados. A empresa não especificou quais países receberão a primeira remessa, mas confirmou que se trata de uma “edição especial”, o que indica produção limitada. Informações sobre assistência técnica, disponibilidade de acessórios e opções de cor devem ser divulgadas nas próximas semanas.
A apresentação ocorreu em um evento corporativo na Coreia do Sul, onde executivos demonstraram a abertura gradual do aparelho e destacaram a resistência do novo conjunto de dobradiças. A Samsung não forneceu dados detalhados sobre testes de durabilidade, mas afirmou que o mecanismo foi projetado para suportar “milhares de ciclos” de dobra e desdobra sem comprometer o painel interno.
Foco em produtividade impulsiona adoção de dobráveis
O discurso oficial reforça a utilidade da tela expandida para edição de documentos, planilhas e conteúdo multimídia. A possibilidade de dividir o ecrã em múltiplas janelas simultâneas foi demonstrada durante a apresentação, sugerindo integração com recursos de software já presentes em modelos da linha Z com dobra simples.
Imagem: Tecnologia & Inovação
Embora os detalhes técnicos do processador, da bateria ou das câmaras não tenham sido revelados, a Samsung enfatizou que o TriFold faz parte de um esforço contínuo para elevar o patamar de usabilidade dos dispositivos móveis. A companhia aposta que a combinação de portabilidade e área útil de exibição influenciará profissionais que necessitam de mobilidade sem abdicar de um espaço de trabalho ampliado.
Huawei introduziu conceito semelhante em 2022
Antes da Samsung, a Huawei apresentou um protótipo com três segmentos articulados, também posicionado na faixa premium. Apesar da semelhança no desenho, o modelo chinês não avançou para uma distribuição ampla, em parte devido ao custo e a restrições de mercado. A chegada do Galaxy Z TriFold coloca a Samsung como a primeira fabricante a comercializar em escala, ainda que reduzida, um smartphone com essa configuração.
Mercado observa evolução de formatos dobráveis
Analistas do setor acompanham a proliferação de formatos flexíveis como indicador de novas tendências em mobilidade. Nos últimos anos, dispositivos com uma única dobradiça passaram de conceitos experimentais a produtos de linha, com gradativa queda de preço. O passo seguinte, representado pelo TriFold, sinaliza esforços para aumentar a área útil sem recorrer a acessórios externos ou tablets.
Apesar da expectativa em torno de ecrãs expansíveis, o alto custo continua a ser o principal desafio para adoção em massa. Enquanto isso, fabricantes concentram-se em demonstrar a robustez das dobradiças e a qualidade do painel, fatores decisivos para a confiança do consumidor.
Com o lançamento do Galaxy Z TriFold, a Samsung reforça sua linha de dispositivos dobráveis e dá início a uma nova etapa de experimentação comercial de telas que se dobram em três partes. O desempenho de vendas a partir de dezembro deverá apontar se o segmento tem potencial de se expandir ou se permanecerá restrito a um nicho de alto padrão.
