São Paulo aciona estado de atenção por chuva forte e risco de alagamentos

As zonas leste e sul da cidade de São Paulo foram colocadas em estado de atenção para alagamentos às 12h30 desta segunda-feira (8), conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. O órgão municipal identificou áreas de instabilidade formadas pelo calor e pela umidade, com potencial para chuva intensa, queda de granizo e transbordamento de vias em diferentes pontos da capital.

Situação atual na capital

Imagens de radar meteorológico do CGE mostram núcleos de precipitação forte sobre as subprefeituras da Mooca, Aricanduva/Formosa e Penha, na zona leste, além de Parelheiros, na zona sul. Pouco antes do meio-dia, o céu fechou rapidamente na região leste, onde a chuva começou acompanhada por granizo em alguns bairros.

Segundo o CGE, o cenário reúne todos os elementos que favorecem alagamentos: volumes de chuva em curto intervalo, topografia com pouca drenagem e solo já encharcado por eventos anteriores. A orientação do órgão é que a população evite deslocamentos desnecessários durante a vigência do alerta, especialmente em vias históricas de alagamento e próximo a córregos.

Projeção de curto prazo

A Climatempo prevê aumento da instabilidade nas próximas horas, abrindo possibilidade de que outras regiões da capital registrem chuva ainda nesta segunda-feira. Rajadas de vento podem superar 60 km/h, sobretudo no fim da tarde, o que eleva o risco de queda de árvores e interrupção no fornecimento de energia.

Influência de ciclone extratropical

A partir de terça-feira (9), as precipitações tendem a ganhar força em praticamente todo o estado de São Paulo. A intensificação de uma área de baixa pressão entre o sul do Paraguai, o nordeste da Argentina e o Rio Grande do Sul originará um ciclone extratropical, que deverá deslocar-se em direção ao Sudeste. Esse sistema, combinado a uma frente fria, provocará chuva de intensidade moderada a forte em amplas regiões do País.

O CGE e a Climatempo indicam que o fenômeno impactará não só a Região Metropolitana de São Paulo, mas também o litoral paulista, os três estados do Sul, partes de Minas Gerais, Rio de Janeiro e áreas do Centro-Oeste. O pico das precipitações é esperado entre terça e quarta-feira, período em que a umidade disponível na atmosfera e o contraste térmico entre a frente fria e o ar quente pré-existente favorecem tempestades acompanhadas de descargas elétricas.

Recomendações à população

Durante a vigência do estado de atenção, a Defesa Civil orienta que motoristas evitem atravessar ruas alagadas e redobrem a atenção a locais com histórico de enchentes rápidas. Passageiros de transporte público devem acompanhar eventuais desvios de linhas. Há também alerta para quedas de árvores, que podem bloquear vias ou derrubar cabos de energia.

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Imagem: Internet

Em situação de emergência, o número 199 da Defesa Civil e o 193 do Corpo de Bombeiros permanecem disponíveis 24 horas. O CGE recomenda que a população monitore os avisos oficiais por aplicativos, redes sociais da Prefeitura e boletins de rádio.

Perspectivas para o restante da semana

A frente fria associada ao ciclone extratropical manterá o tempo instável até pelo menos quarta-feira (10). Modelos meteorológicos indicam que os acumulados de chuva podem atingir marcas expressivas, suficientes para elevar o nível de rios e córregos e agravar o risco de inundações. A expectativa é de que a situação comece a melhorar a partir de quinta-feira, com redução gradual das nuvens e ligeira queda nas temperaturas máximas.

Apesar da previsão de melhoria, os órgãos de monitoramento reforçam que o solo permanecerá encharcado, mantendo o potencial para deslizamentos em áreas de encosta. A orientação é que moradores de regiões de risco fiquem atentos a sinais como rachaduras em paredes, portas emperradas e água brotando do terreno, acionando a Defesa Civil caso necessário.

O CGE e a Climatempo seguirão acompanhando a evolução das condições climáticas e podem emitir novos alertas conforme a dinâmica atmosférica. Até lá, a recomendação geral é de prudência, acompanhamento das atualizações meteorológicas e cumprimento das orientações das autoridades.

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